O que seria meu passado senão meu próprio manual de sobrevivência?
Em situações de desespero, abro cuidadosamente as lembranças.
Isso já aconteceu antes?
Já, tenho um conjunto de problemas apegados a mim, não se desprendem, só se repetem.
Dessa vez está acontecendo de novo. Mas agora é diferente.
Se sinto a carne rasgar, nem mesmo movo o olhar, não me inquieto
Sei que essa merda não vai acabar
Com pedidos ou lágrimas
Então não me desespero
O que se sente e não se controla, não muda só pelo querer
Então me levanto
E me abro
Por quê ignorar o meu valor?
Por quê ignorar esse mar de gente?
É uma cegueira momentânea?
Sofrer escancaradamente e ignorar qualquer coisa que não seja sua própria dor?
Mas e quem ainda me ama?
Ainda resta muito amor
Em mim
Em nós
Se a tristeza encostar, deixo que fique, mas não para devastar
Quero sofrimento em sintonia com quem eu sou
Se na minha vida pensa em ficar
Algo de bom tem de me dar
Expanda meus horizontes
Flutue no meu mar
Abra a minha mente
E me deixe sofrer, para poder amar.
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