sábado, 21 de janeiro de 2012

Nunquinha, nunca mais.

Se sobre o abismo andei, e sobre as sombras clamei, um pouco mais daquele veneno
Posso dizer que deixei, a parte de uma alma para trás
Pelas noites que passei, alguém certamente culpei, e hoje nada existe mais
Num pensamento insano, me afogo e não reclamo
Pois os dias tristes, tão negros quanto a noite, apenas apareciam para lembrar
Que ninguém seria feliz, nunquinha, nunca mais
Mais que beleza a loucura, com toda sua formosura, ela vinha me buscar
A luz dividia a rua, a escolha e a carne crua
Mas ninguém saia do lugar. 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Afeto.

Que o teu afeto me afetou, não é segredo
Teu corpo quente derramado pela cama
Me dizendo com os olhos o que eu deveria fazer
Grita, coisa minha, grita tudo o que você sempre quis gritar
Antes que o dia apareça, e você tenha que trabalhar
Fica aqui nesse mundo, descansa sua alma
E entra em mim.

Encontro.

Eu tento escolher, a palavra mais bonita
A frase mais bem dita
O sorriso mais bem feito
E o abraço mais perfeito
Só pra te encontrar na rua
Mostrar o quanto sou sua
Esperar que seu amor venha em uma caixa amarela
Deixada na minha janela
Enquanto eu dormia, pra sonhar você
Ou quase.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Manhã.

Eu não me lembro bem quando, mas houve um momento, curto e longo, que significou tudo e nada.
Você estava ali, eu estava ali, o que poderíamos fazer?
O sol nasceu mais suave que nas outras manhãs, eu assisti seu espetáculo em silêncio, deixando que seus raios de solidão encostassem em minha pele e que ardesse.
As ruas são tão vazias, enquanto todos dormiam eu estava ali, andando em busca de algo que me fizesse não querer voltar para casa e dormir também, até esquecer todos os meus sentimentos vazios.
Mas alguma coisa ainda palpitava.