Que viagem, meu amigo, que viagem!
Viajar assim, sem dinheiro nem passagem
Observando a miragem
Saindo da margem
Meu irmão, que viagem!
A viagem, vadiagem, incredulamente
No olho da serpente, levado pela corrente
Desaguando no mar
Como é bom amar
E inteiramente viajar.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
domingo, 15 de julho de 2012
Hino.
As células do meu corpo sentiram algo novo
E eu passei a sentir o sangue perambular
Não é alguém
Não é menino nem menina
Não é homem nem mulher
É algo muito maior do que eu ou você
A música então começou
Alguma coisa fez meu coração bombear diferente
Frenéticamente
Fila de índio
Mãos para trás
Todos parados, ninguém solta um ''A''
''Verás que um filho teu não foge à luta...''
E os pêlos do corpo começam a levantar...
E eu passei a sentir o sangue perambular
Não é alguém
Não é menino nem menina
Não é homem nem mulher
É algo muito maior do que eu ou você
A música então começou
Alguma coisa fez meu coração bombear diferente
Frenéticamente
Fila de índio
Mãos para trás
Todos parados, ninguém solta um ''A''
''Verás que um filho teu não foge à luta...''
E os pêlos do corpo começam a levantar...
terça-feira, 12 de junho de 2012
Passará.
Estamos indo em algum lugar
Enquanto as luzes passam pelo vidro do carro
Querendo dizer
''Você também passará''
E eu também vou passar
Na melhor parte, da melhor música
Eu vou passar
Sem deixar acabar
Vou trocar de pele
E depois passar
Onde a névoa da manhã
Deixe o dia com jeito de sonho, de lembrança
Vou passar por você, e por outras
Até a roda voltar, e entre mim, a vida passar
Afim de encontrar algo que se perdeu,
Decidi...passar...sozinha.
Enquanto as luzes passam pelo vidro do carro
Querendo dizer
''Você também passará''
E eu também vou passar
Na melhor parte, da melhor música
Eu vou passar
Sem deixar acabar
Vou trocar de pele
E depois passar
Onde a névoa da manhã
Deixe o dia com jeito de sonho, de lembrança
Vou passar por você, e por outras
Até a roda voltar, e entre mim, a vida passar
Afim de encontrar algo que se perdeu,
Decidi...passar...sozinha.
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Brado.
Sem querer não aguentei
Mas não foi sem razão
É que as lágrimas começaram a correr
E dei razão ao coração
Antes disso me afastei
Queria um lugar aberto
Onde meu grito pudesse voar
Onde os demônios que me afligem
Pudessem passear
E minha alma se aquetar
É um dia péssimo
E a previsão de uma batalha durante o mês
Dessas que aparecem
E deixam o recado
De que até as piores coisas
Vão embora.
Mas é que ás vezes, eu esqueço...
Mas não foi sem razão
É que as lágrimas começaram a correr
E dei razão ao coração
Antes disso me afastei
Queria um lugar aberto
Onde meu grito pudesse voar
Onde os demônios que me afligem
Pudessem passear
E minha alma se aquetar
É um dia péssimo
E a previsão de uma batalha durante o mês
Dessas que aparecem
E deixam o recado
De que até as piores coisas
Vão embora.
Mas é que ás vezes, eu esqueço...
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Acemira.
O pior foi ver,
Foi ver aquele indiozinho
Caído no chão
Os olhos pingando a mais pura inocência
E a esperança escorrendo veia a fora
O pai vendo o indiozinho sangrar
''Aram chegou pra levar meu menino embora...''
Manhã, manhã, manhã.
Foi ver aquele indiozinho
Caído no chão
Os olhos pingando a mais pura inocência
E a esperança escorrendo veia a fora
O pai vendo o indiozinho sangrar
''Aram chegou pra levar meu menino embora...''
Manhã, manhã, manhã.
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Devaneio
Por quê deveria fugir de minha dor?
Ou ser cautelosa ao ser feliz?
Não, para quê isso?
Não quero desperdiçar um segundo sequer da minha melancolia
Com felicidades passageiras
Que desgastam e desviam tudo o que consegui equilibrar em mim
Quero que cada sentimento seja intenso, como se fosse o último
Ou ser cautelosa ao ser feliz?
Não, para quê isso?
Não quero desperdiçar um segundo sequer da minha melancolia
Com felicidades passageiras
Que desgastam e desviam tudo o que consegui equilibrar em mim
Quero que cada sentimento seja intenso, como se fosse o último
E depois que passar, quero lembrar, mesmo que doa.
Quero que seja intenso o suficiente para me arruinar por dentro
Ou ensinar que cada ato bobo de bondade, volta mais cedo ou mais tarde
Ou ensinar que cada ato bobo de bondade, volta mais cedo ou mais tarde
Vai embora, volta, vai de novo
E o que resta é se acostumar
O tempo que passo comigo, seja na alegria ou na tristeza
É precioso demais
Não pode ser descartado de repente
E o que resta é se acostumar
O tempo que passo comigo, seja na alegria ou na tristeza
É precioso demais
Não pode ser descartado de repente
São coisas bonitas, a sua maneira
Indo ou vindo, mas sempre presentes.
Indo ou vindo, mas sempre presentes.
sábado, 31 de março de 2012
Águas Claras.
Tais sensações nunca fizeram parte de minha vida
Aparecem agora, assim do nada, e me tiram o sossego
Uma melodia mal composta
Tocando incansavelmente dentro dos meus ouvidos
Dançando pela minha cabeça
Levando meu sono tranquilo
E meus sonhos mais doces
Deixando tudo mais confuso que o esperado
Um desespero quando você vai, um sorriso quando você vem
E assim a vida seguiu
Deixando lacunas na alma
E a sensação de sempre esquecer algo mal resolvido
Viver isso, ouvir isso, gostar disso e ser isso
Mas isso não sou eu
Quero ser vento, não quero ser moinho
Quero aquilo que é certeza
Não me convém caminhar sobre ovos
Quero a vida que é minha
A menina que quer ser minha
E os caminhos que vão para o lado contrário
As águas mais profundas, porém sempre claras.
Aparecem agora, assim do nada, e me tiram o sossego
Uma melodia mal composta
Tocando incansavelmente dentro dos meus ouvidos
Dançando pela minha cabeça
Levando meu sono tranquilo
E meus sonhos mais doces
Deixando tudo mais confuso que o esperado
Um desespero quando você vai, um sorriso quando você vem
E assim a vida seguiu
Deixando lacunas na alma
E a sensação de sempre esquecer algo mal resolvido
Viver isso, ouvir isso, gostar disso e ser isso
Mas isso não sou eu
Quero ser vento, não quero ser moinho
Quero aquilo que é certeza
Não me convém caminhar sobre ovos
Quero a vida que é minha
A menina que quer ser minha
E os caminhos que vão para o lado contrário
As águas mais profundas, porém sempre claras.
sexta-feira, 16 de março de 2012
Mar Vermelho.
O que eu poderia falar?
Os meus poetas mortos já disseram a muito tempo atrás
Tudo o que sinto agora, anos depois
É século vinte e um, é tecnologia pra todo lado
E isso não significa nada agora
Porque tudo o que conseguimos está perdido em mar de sangue
Um mar de injustiças, de dinheiro sujo
E crianças sem nenhum futuro a almejar
Mas enquanto isso, o mundo caminha
Em um caminho torto, criado por gananciosos
Quem deu esse direito a eles?
Quem disse que poderiam entrar em nossas casas?
Quem disse que poderiam mudar a nossa escola?
Quem disse que poderiam alienar uma nação com sua cultura totalmente abalada?
E essa é a minha maior dor
Mas existe outra coisa, que palpita mil vezes mais no meu peito
Enquanto eles plantam sua semente podre no chão do meu país
Em mim nasce a felicidade de acreditar
Acreditar que não importa o quanto sangraremos
Ainda iremos dar um sorriso de paz
Ainda teremos a certeza de que nosso trabalho foi feito
Porque a maior revolução que podemos fazer
É resolver nunca se calar.
Os meus poetas mortos já disseram a muito tempo atrás
Tudo o que sinto agora, anos depois
É século vinte e um, é tecnologia pra todo lado
E isso não significa nada agora
Porque tudo o que conseguimos está perdido em mar de sangue
Um mar de injustiças, de dinheiro sujo
E crianças sem nenhum futuro a almejar
Mas enquanto isso, o mundo caminha
Em um caminho torto, criado por gananciosos
Quem deu esse direito a eles?
Quem disse que poderiam entrar em nossas casas?
Quem disse que poderiam mudar a nossa escola?
Quem disse que poderiam alienar uma nação com sua cultura totalmente abalada?
E essa é a minha maior dor
Mas existe outra coisa, que palpita mil vezes mais no meu peito
Enquanto eles plantam sua semente podre no chão do meu país
Em mim nasce a felicidade de acreditar
Acreditar que não importa o quanto sangraremos
Ainda iremos dar um sorriso de paz
Ainda teremos a certeza de que nosso trabalho foi feito
Porque a maior revolução que podemos fazer
É resolver nunca se calar.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Reação.
Um cigarro e a cabeça sobre a mesa
O que mais viria agora?
Um milhão de coisas podem acontecer
Mas de repente nada importa
A casa está vazia, as ruas choram
Os rostos sem sorrisos
Os pensamentos vazios
Ninguém sabe o que realmente acontece
Quando o vazio bate, a tristeza se aloja e choro não sai
Ninguém se manifesta, ninguém se expressa
A dor dói e fica calada
Olhando pro nada por horas
Mas nada disso nunca se resumiu a felicidade, um sorriso nunca foi prometido
Nossa única certeza era a infelicidade.
O que mais viria agora?
Um milhão de coisas podem acontecer
Mas de repente nada importa
A casa está vazia, as ruas choram
Os rostos sem sorrisos
Os pensamentos vazios
Ninguém sabe o que realmente acontece
Quando o vazio bate, a tristeza se aloja e choro não sai
Ninguém se manifesta, ninguém se expressa
A dor dói e fica calada
Olhando pro nada por horas
Mas nada disso nunca se resumiu a felicidade, um sorriso nunca foi prometido
Nossa única certeza era a infelicidade.
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Iluminada.
Algumas coisas anestesiaram minha dor
Por um certo tempo eu troquei meu ódio, pelo seu amor
E só depois que a chuva passou
Eu pude olhar com clareza para o estrago que fizera
Levou tudo em mim, só deixou a carcaça
Deitada sobre as ondas, lembrei
Do seu rosto calmo, que me faz tanta falta
Das suas lágrimas frias e seu sorriso quente
Iluminando e matando meus dias
Com o poder que foi dado somente a você
Você, menina e mulher, que enfia em mim a faca
Leva toda minha alegria, e mata-me aos poucos
Com todo o seu amor.
Deixa só a certeza, que meu inferno é você
É dentro de você que pago por todos os meus pecados
Agora envolta, não sinto mais a tua presença
Não sinto mais sua voz a me rodear
Então alguma coisa na barriga avisa
Aquele frio infernal, que só aparece quando a desgraça acontece
Me deixei afundar em um mar de desilusões
Abro os olhos e custo a perceber
Mas ela, ela se foi...
Por um certo tempo eu troquei meu ódio, pelo seu amor
E só depois que a chuva passou
Eu pude olhar com clareza para o estrago que fizera
Levou tudo em mim, só deixou a carcaça
Deitada sobre as ondas, lembrei
Do seu rosto calmo, que me faz tanta falta
Das suas lágrimas frias e seu sorriso quente
Iluminando e matando meus dias
Com o poder que foi dado somente a você
Você, menina e mulher, que enfia em mim a faca
Leva toda minha alegria, e mata-me aos poucos
Com todo o seu amor.
Deixa só a certeza, que meu inferno é você
É dentro de você que pago por todos os meus pecados
Agora envolta, não sinto mais a tua presença
Não sinto mais sua voz a me rodear
Então alguma coisa na barriga avisa
Aquele frio infernal, que só aparece quando a desgraça acontece
Me deixei afundar em um mar de desilusões
Abro os olhos e custo a perceber
Mas ela, ela se foi...
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Pontilhão.
Andar pela cidade, é o que faço agora
Cada buraco é uma ferida, é um olhar de alguém que deixou de se importar
Maldita cidade solitária, longe de tudo e perto de nada
Se ajeita entre os grandes chefes do país, mas quase não sobra,
Quase não sobra nada para você, cidade morna
É difícil se manter sóbrio em uma tarde quente
Quando algo parecido com um coração, algo parecido com um sentimento
Adormece...
Deixa a sede e a razão
A vontade de não existir
Ou simplesmente cair do pontilhão.
Cada buraco é uma ferida, é um olhar de alguém que deixou de se importar
Maldita cidade solitária, longe de tudo e perto de nada
Se ajeita entre os grandes chefes do país, mas quase não sobra,
Quase não sobra nada para você, cidade morna
É difícil se manter sóbrio em uma tarde quente
Quando algo parecido com um coração, algo parecido com um sentimento
Adormece...
Deixa a sede e a razão
A vontade de não existir
Ou simplesmente cair do pontilhão.
sábado, 21 de janeiro de 2012
Nunquinha, nunca mais.
Se sobre o abismo andei, e sobre as sombras clamei, um pouco mais daquele veneno
Posso dizer que deixei, a parte de uma alma para trás
Pelas noites que passei, alguém certamente culpei, e hoje nada existe mais
Num pensamento insano, me afogo e não reclamo
Pois os dias tristes, tão negros quanto a noite, apenas apareciam para lembrar
Que ninguém seria feliz, nunquinha, nunca mais
Mais que beleza a loucura, com toda sua formosura, ela vinha me buscar
Posso dizer que deixei, a parte de uma alma para trás
Pelas noites que passei, alguém certamente culpei, e hoje nada existe mais
Num pensamento insano, me afogo e não reclamo
Pois os dias tristes, tão negros quanto a noite, apenas apareciam para lembrar
Que ninguém seria feliz, nunquinha, nunca mais
Mais que beleza a loucura, com toda sua formosura, ela vinha me buscar
A luz dividia a rua, a escolha e a carne crua
Mas ninguém saia do lugar.
Mas ninguém saia do lugar.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Afeto.
Que o teu afeto me afetou, não é segredo
Teu corpo quente derramado pela cama
Me dizendo com os olhos o que eu deveria fazer
Grita, coisa minha, grita tudo o que você sempre quis gritar
Antes que o dia apareça, e você tenha que trabalhar
Fica aqui nesse mundo, descansa sua alma
E entra em mim.
Teu corpo quente derramado pela cama
Me dizendo com os olhos o que eu deveria fazer
Grita, coisa minha, grita tudo o que você sempre quis gritar
Antes que o dia apareça, e você tenha que trabalhar
Fica aqui nesse mundo, descansa sua alma
E entra em mim.
Encontro.
Eu tento escolher, a palavra mais bonita
A frase mais bem dita
O sorriso mais bem feito
E o abraço mais perfeito
Só pra te encontrar na rua
Mostrar o quanto sou sua
Esperar que seu amor venha em uma caixa amarela
Deixada na minha janela
Enquanto eu dormia, pra sonhar você
Ou quase.
A frase mais bem dita
O sorriso mais bem feito
E o abraço mais perfeito
Só pra te encontrar na rua
Mostrar o quanto sou sua
Esperar que seu amor venha em uma caixa amarela
Deixada na minha janela
Enquanto eu dormia, pra sonhar você
Ou quase.
domingo, 15 de janeiro de 2012
Manhã.
Eu não me lembro bem quando, mas houve um momento, curto e longo, que significou tudo e nada.
Você estava ali, eu estava ali, o que poderíamos fazer?
O sol nasceu mais suave que nas outras manhãs, eu assisti seu espetáculo em silêncio, deixando que seus raios de solidão encostassem em minha pele e que ardesse.
Você estava ali, eu estava ali, o que poderíamos fazer?
O sol nasceu mais suave que nas outras manhãs, eu assisti seu espetáculo em silêncio, deixando que seus raios de solidão encostassem em minha pele e que ardesse.
As ruas são tão vazias, enquanto todos dormiam eu estava ali, andando em busca de algo que me fizesse não querer voltar para casa e dormir também, até esquecer todos os meus sentimentos vazios.
Mas alguma coisa ainda palpitava.
Mas alguma coisa ainda palpitava.
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